quarta-feira, 22 de outubro de 2008

foto de família


foto de família
Originally uploaded by _pARTicia_
francesas, chinesas, sonhadoras, românticas, ingénuas... são todas diferentes mas adoram ser fotografadas juntinhas :)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"nem todos os frutos vermelhos..."

"nem todos os frutos vermelhos
merecem o céu
da tua boca"

Jorge Sousa Braga, Fogo Sobre Fogo

a Camila nunca percebeu aquela frase que diz que as palavras são como as cerejas... haverá palavras tão doces e de tão bonita cor?

sábado, 18 de outubro de 2008

"china girl"


"china girl"
Originally uploaded by _pARTicia_
a Mei Lin é uma chinesinha muito sedutora. ningém resiste ao seu olhar e aos seus lábios cor de cereja...

"And when I get excited
My little china girl says
'oh baby just you shut your mouth'
she says 'shhh'
she says shhh'

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

"tiny vessels"


"tiny vessels"
Originally uploaded by _pARTicia_
a Mariana tem alguma dificuldade em despedir-se do verão. se pudesse, era verão todo o ano. não por causa do calor nem do sol mas porque gosta muito de ir para perto do mar e ficar horas e horas a ver passar os barquinhos. normalmente, no fim do verão, faz uma festa de despedida e lança muitos barquinhos de papel ao mar.


tiny vessels, Death Cab For Cutie

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"autumn"


"autumn"
Originally uploaded by _pARTicia_
a Frederica gosta muito do outono. se calhar é porque as folhas das árvores ficam da cor do cabelo dela. adora pisar as folhas secas e ouvir o barulho que fazem. e os cheiros? o outono cheira a terra molhada, vêm as primeiras chuvas, ouve-se a chuva a bater na janela... a Frederica, sem dúvida, gosta muito do outono.

autumn, Carla Bruni

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"do we only fall in love in love songs?"

a Dorothy sempre tinha acreditado que o coração era uma coisa simples: basicamente um chupa-chupa, uma coisa docinha, vermelha e com aquela forma característica. só podia trazer coisas boas. até que um dia lhe disseram que não, que era mais complicado, que às vezes o coração dói ou bate mais forte e que é possível guardar pessoas dentro do coração. na verdade, ela acha que isso são coisas de filmes, poemas de amor e de canções. e continua a acreditar no que sempre acreditou quanto ao coração. e claro, nem sequer duvida de que os seus sapatinhos vermelhos sejam mágicos e que podem levá-la a qualquer lado.

[o título é uma música do Perry Blake que não consegui encontrar por aí...]

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

en attendant...


en attendant...
Originally uploaded by _pARTicia_
A (Isa)Belle é uma menina que não desiste dos seus sonhos. e continua à espera de alguém que lhe diga ao ouvido, muito susurradinho, on priera le ciel si non mieux

domingo, 5 de outubro de 2008

"azul turquesa"


"azul turquesa"
Originally uploaded by _pARTicia_
"Diz o mais alto 'uma caixa fechada. Estás a ver? Uma caixa fechada. Uma caixa imaginária, hipotética, fechada. Estás a ver?', diz o mais baixo 'sim', e o mais alto então continua, 'poesia é olhá-la e não a abrir. Pensar e sentir o que se quiser. No seu interior tanto pode existir uma flor, como a pessoa que se ama, como a lua, como o coração ensanguentado de um suicida, como um fauno a tocar flauta para uma mulher nua com andorinhas na cabeça, como nada.' [...] 'Prosa é abrir a caixa e ver o que é que ela tem, ou não tem, dentro.'"

Jacinto Lucas Pires, Azul-Turquesa

"le rouge et le noir"


"le rouge et le noir"
Originally uploaded by _pARTicia_
a Francisca tem uma ligeira obsessão com as cores e os cheiros. hoje descobriu que as framboesas têm um cheiro avermelhado e que as tulipas têm cor de coração. ou o coração é que tem cor de tulipa?

[pena que as fotos não tenham cheiro, estas framboesas não podiam cheirar melhor :) ]

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"a queda da laranja provocará o poema?"

a Lara começa agora a questionar-se acerca de assuntos que lhe eram desconhecidos. de onde vêm os nomes das coisas? se lhes mudarmos o nome as coisas deixam de existir? o nome é a própria essência das coisas? quem os inventa?
a natureza rege-se por relações de causa-efeito?

[si Lara fuera una menina española seguro que su historia tendría que ver con la búsqueda de su media naranja... :) ]


"A questão

O senhor Henry disse: se a laranja viesse d euma árvore chamada macieira, à laranja teria de se chamar maçã ou era à macieira que teria de se chamar laranjeira?"

Gonçalo M. Tavares, O Senhor Henry


"[...]
A noite cerca a mão inteligente do homem que possui uma cabeça transparente.
Em redor dele chove.
Podemos adivinhar uma chuva espessa, negra, plúmbea.
Depois, o homem abre a mão, uma laranja surge, esvoaça.
As cidades (como em todos os livros que li) ardem. Incêndios que destroem o último coração do sonho.
Mas aquele que se veste com a pele porosa da sua própria escrita olha, absorto, a laranja.

A queda da laranja provocará o poema?
A laranja é, ou não é, uma laranja imaginada por um louco?
E um louco, saberá o que é uma laranja?
E se a laranja cair? E o poema? E o poema com uma laranja a cair?
E o poema em forma de laranja?
E se eu comer a laranja, estarei a devorar o poema? A ficar louco?
E a palavra laranja existirá sem a laranja?
E a laranja voará sem a palavra laranja?
E se a laranja se iluminar a partir do seu centro, do seu gomo mais secreto, e alguém a esquecer no meio da noite - servirá o brilho da laranja para iluminar as cidades há muito mortas? E se a laranja se deslocar no espaço
- mais depressa que o pensamento, e muito mais devagar que a laranja escrita
- criará uma ordem ou um caos?
[...]

AL BERTO

o voo das palavras


o voo das palavras IV
Originally uploaded by _pARTicia_
as meninas estão de volta! :)

“Estaba en la esquina donde solía detenerse al salir del colegio, formando con un grupo de amigas un círculo en el que todas miraban hacia abajo, como si contemplaran un animal pequeño atrapado entre sus piernas. Sus risas se escuchaban en toda la calle. Ella me vio en seguida y gritó:
-Ven a ver esto.
Me acerqué al grupo y vi que una de ellas sacaba de la cartera, con grandes precauciones, un cuento diminuto con una portada de colores. El libro se agitaba entre sus dedos como un pájaro pequeño, intentando huir de la presión de los dedos de la chica.
-Suéltalo, que se le van a estropear las hojas – gritó Laura.
La chica abrió la mano y el libro revoloteó asustado un momento entre aquella empalizada de cuerpos y piernas. Tenía un vuelo torpe, errático, parecido al de una mariposa de grandes alas, pero logró elevarse sobre nuestras cabezas y desaparecer entre los edificios. […]
De vez en cuando, pasaba un libro o un grupo de libros por encima de nosotros y todos los contemplábamos alejarse con expresión alegre.”

Juan José Millás, El Orden Alfabético