apresento-vos a laura... está a arrancar as pétalas do mal-me-quer, bem-me-quer...
BSO:
love steals us from loneliness, idlewild
MALMEQUERES E POLÍGONOS
A mesma folha.
De um lado, analisar,
do outro - eu.
Mas o lado primeiro
também eu. Outro eu.
E o que vacila
entre os dois lados
(que não é o que escreve, não querendo,
nem o que malquerendo, move mão)
- eu também. Outro eu.
Eu, terceiro e secante
com os outros dois lados.
Malmequer. Mequermal
No fim das pétalas,
é sempre a mesma folha
com dois lados
(e um outro em Purgatório:
nem inferno, nem céu)
Ana Luísa Amaral (COISAS DE PARTIR - POEMAS)
terça-feira, 15 de abril de 2008
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4 comentários:
misturar poesia com geometria? só pode dar coisas de partir.
gostei do "No fim das pétalas,
é sempre a mesma folha
com dois lados"
é mais giro quando não se tem um biblioteca mental com 1.528.353 poemas, há mais a descobrir :)
foto gira e bem enquadrada, para ser perfeita a menina devia ter uma pétala na mão. tinha mais a ver com a foto e dava-lhe esperança! :)
desta vez adiciono eu BSO, recheada da esperança do malmequer. :)
:)
esses versos são muito bonitos, sim... mas a parte da biblioteca mental não é verdade, já sabes o tempo que perco à procura destas "mariquices" (pode dizer-se mariquices no blog?).
gosto dos comentários à foto! :) a menina sabe que é bem me quer, por isso não precisa de tirar as pétalas :)
gostei da BSO! e da esperança!
:)
e porque se fala de malmequeres, um poema de Aldina Duarte cantado por Mariza no «Transparente»:
Mal me quer a solidão
Bem me quer a tempestade
Mal me quer a ilusão
Bem me quer a liberdade
Mal me quer a voz vazia
Bem me quer o corpo quente
Mal me quer a alma fria
Bem me quer o sol nascente
Mal me quer a casa escura
Bem me quer o céu aberto
Bem me quer o mar incerto
Mal me quer a terra impura
Mal me quer a solidão
Entre o fogo e a madrugada
Mal me quer ou bem me quer
Muito, pouco, tudo ou nada...
Spitting facts
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